Medicina-da-Familia


Medicina Familiar

Dr. Paulo Cesar é especialista na área de medicina de família, uma especialidade médica caracterizada pela atenção integral à saúde e por levar em consideração a inserção do paciente na família e na comunidade.

No Brasil, foi reconhecida pelo Ministério da Educação, por intermédio da Comissão Nacional de Residência Médica em 1981, com o nome de Medicina Geral Comunitária, mas desde 1976, tinha programas de formação específica em Porto Alegre (Murialdo), Rio de Janeiro (UERJ) e Recife (UFPE).

Em 2002 ganha nova nomenclatura por intermédio de uma resolução conjunta do Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira e Comissão Nacional de Residência Médica em proposta da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) apesar da resistência corporativista de algumas áreas. O médico de família não é o clínico geral, é especialidade responsável pelo atendimento integral à saúde da pessoa, acompanhando todo o processo do adoecimento, mantendo como meta primordial à prevenção de doenças. É profissional treinado para solucionar de 80% a 90% dos problemas que podem afetar a saúde física, mental e emocional das pessoas.

Na base da formação desse especialista está a construção de uma relação sólida entre médico e paciente. É a partir desse ponto que, juntos, paciente e médico, poderão tomar decisões que possam impactar a saúde e o bem-estar da comunidade em geral. O seu objetivo é que o cuidado médico englobe a educação de pacientes, pais, familiares e cuidadores para que todos possam usufruir de uma vida o mais saudável possível, com fundamento sólido na prevenção.

A realidade atual é a de que, diante de tantas divisões que se fez com o ser humano, com o intuito de estudá-lo melhor, acabou-se literalmente “fatiando o” demais, surgindo várias especialidades. O avanço tecnológico e as especializações são importantíssimas e fundamentais, porém um efeito colateral desse aprimoramento é que se perdeu o referencial do profissional que cuida de você. É frequente a situação de pessoas buscarem no livro do convênio qual especialidade melhor atenderá às suas queixas, como se fosse obrigação do paciente descobrir, numa verdadeira jornada de tentativas e erros. Isto é muito ruim. A medicina de família, então, busca justamente o contrário: integrar o ser humano que sofre (mente, corpo e alma), otimizando melhor o atendimento à pessoa, melhorando os diagnósticos e reduzindo muito os custos financeiros de todos os lados.

Este profissional soluciona de 80% a 90% das questões que demandam assistência à saúde. Ele tem um olhar e uma abordagem integral da pessoa, e pode ser consultado para fazer um checkup. Se o paciente tem problemas como obesidade, depressão, ansiedade, pressão alta, diabetes, alterações de colesterol, artrose etc.,pode procurá-lo para diagnosticar, tratar e acompanhá-lo. É sob a orientação de um médico de família que se estabelecerão prioridades e metas junto ao paciente, ajudando-o a atingir seus objetivos de saúde.

É profissional apto a dar atendimento inicial, inclusive nas áreas básicas: clínica médica, pediatria, ginecologia e pequenas cirurgias.


História dos médicos de família

Naturalmente, existem várias concepções sobre a Medicina de Família e Comunidade. Sua origem nos remete à década de 70, quando essa proposição chegou a faculdades de medicina da América Latina como reforma curricular, como um reação à tendência à especialização e consequente desumanização do atendimento.

Várias tendências podem ser identificadas nessas concepções. Desde sua vinculação a uma reforma social e de estado, como aconteceu com a Medicina de Família e Comunidade de Cuba e na China, que propuseram os conhecidos médicos de pés descalços, até a proposição dos países industrializados de Saúde Comunitária, passando necessariamente pelo Family Practice da reforma do sistema de saúde da Inglaterra do pós-guerra, que é considerado um modelo de acesso universal adotado por muitos outros países.